Papel Reciclado x Papel Branco: mitos e verdades

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Na busca por uma vida mais sustentável, o ideal é que a gente sempre busque reduzir o nosso consumo de tudo aquilo que é descartável e que possa ser substituído por alternativas mais duráveis e reutilizáveis. Apesar da grande preocupação com o excesso de plásticos descartáveis produzidos atualmente, o consumo de papel também é foco de algumas discussões, já que demanda exploração de madeira, nativa ou reflorestada.

Em 1994, a média anual de consumo de papel por pessoa no Brasil era de 30 Kg. Com o grande avanço da tecnologia,  muitos processos e documentações, antes dependentes dele, como produção de jornais, pagamentos de contas, e até mesmo o próprio dinheiro (antes, predominantemente físico) se tornaram digitais.  Os livros também vêm se adaptando aos novos tempos e, hoje, encontramos vários livros digitais.

Porém, o papel ainda é bastante utilizado para diversas finalidades (papel higiênico, papel toalha, escrita, impressão, etc). Entre 2000 e 2015, o consumo nacional de papéis para escrever e imprimir cresceu cerca de 1,2% ao ano. A produção no Brasil em 2015 foi de 10,35 milhões de toneladas e os papéis para imprimir e escrever representaram cerca de 24% desse total. Quando se trata do papel que utilizamos em escritório e escolas, qual é a melhor opção? Branco ou Reciclado?

Com o grande avanço da tecnologia, a tendência é que muitos processos e documentações, antes dependentes de papel, como pagamentos de contas, e até mesmo o próprio dinheiro (antes, predominantemente físico) se tornaram digitais.
Imagem: Aliis Sinisalu (Unsplash)

Papel Branco x Papel Reciclado

Contrariando o que nós costumamos ouvir por aí, os dois tipos de papéis têm pontos positivos e negativos, mas o reciclado tem muito mais pontos negativos do que o senso comum nos leva a pensar.  O papel branco  é composto por celulose 100% virgem e, no reciclado, é exigido que a composição de sua massa seja de 50% de celulose virgem e 50% de celulose reciclada. Apesar da produção de papel reciclado poupar celulose virgem e a fabricação do branco exigir processo branqueamento da celulose, demandando utilização de peróxidos, dióxidos de sódio e cloro, dentre outros,  os processos de transformação para obtenção da fibra reciclada demandam maior consumo de energia e água que os do papel branco e também geram maior quantidade de resíduos.

Apesar de ambos apresentarem vantagens e desvantagens, ao escolher usar qualquer um desses papéis, devemos priorizar o uso daqueles que são certificados
Imagem: br.fsc.org

Ambos os tipos de papel apresentam vantagens e desvantagens. Ao escolher usar qualquer um deles, devemos priorizar o uso daqueles que são certificados. Certificações, como as do FSC, nos garantem que o papel que estamos consumindo tem uma produção racional, que contribui para o uso responsável dos recursos naturais, conservando a capacidade de regeneração das florestas nativas, preservando os habitats da vida silvestre, protegendo os recursos hídricos e desenvolvendo uma economia estável para as comunidades tradicionais das florestas.

 

 

 

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2 thoughts on “Papel Reciclado x Papel Branco: mitos e verdades

  1. Aqui geramos uma dicotomia. O uso de eletrônicos tem sido o grande aumento dificuldades de aprendizagem. Digo no sentido do aumento da dopamina. Assim, a dicotomia esta no equilíbrio. Quando.ensinaremos crianças e jovens a terem esse equilíbrio? Seria o kindle uma soluçao? Pois levaria o foco direto ao processo da leitura? Essa seria uma boa pauta investigativa.

    1. Obrigada pela colaboração Camila! Acredito que o Kindle possa ser uma alternativa interessante sim, já que evita outras distrações que o mundo online pode trazer, atrapalhando o foco na leitura.

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